A quantidade de plásticos nos oceanos é alarmante, e não é uma novidade. Onde o consumo constante junto com o descarte incorreto faz com que esses plásticos cheguem aos rios e em seguida aos oceanos. O plástico nos oceanos e prais não é somente um problema estético, mas um problema grave para a vida marinha.

Cientistas da Universidade da Tasmânia examinaram os detritos de plástico acumulados na Ilha Henderson e nas Ilhas Cocos(Keeling), e dessa forma compreendo melhor o impacto da poluição do lixo plástico nos ecossistemas terrestres e nas espécies das praias pelo mundo.

O Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos (IMAS) que publicou no Journal Of Hazardous liderou o estudo e descobriu que os plásticos ageram como isolantes térmicos, aumentando assim a temperatura das máximas circadianas em quase 3ºC.

Segundo a Dra. Jennifer Larvas muitos aspectos da poluição por plástico são mal compreendidos, o que inclui questões básicas como o escopo e a gravidade dos impactos.

A temperatura afeta animais como a tartaruga no qual o seu desenvolvimento de acordo com a temperatura vai definir o sexo, e no caso encontrados no estudo com o aumento da temperatura todas as tartarugas estão nascendo fêmeas.

“Praias arenosas não foram um foco anteriormente, então esta é a primeira vez que dados in situ do mundo real sobre flutuações térmicas circadianas de sedimentos de praia foram coletados - e isso revela que os plásticos acumulados aumentam os extremos diários de temperatura."

“Encontramos aproximadamente 3 kg de plástico por metro quadrado em algumas das superfícies de praia das ilhas Henderson e Cocos, e alguns desses locais são remotos e desabitados”, disse o Dr. Lavers.

De acordo com o estudo o rápido acúmulo de lixo plástico pode representar um risco significativo de calor para as regiões costeiras, uma vez que estão sob pressão crescente, esta tirando as espécies de seus invólucros térmicos.

“Plásticos acumulados em sedimentos de praia alteram essencialmente as entradas e saídas térmicas, como a absorção de radiação infravermelha, que causa flutuações de temperatura que podem ter um efeito significativo em ectotérmicos terrestres como caranguejos e tartarugas”, disse Lavers.

“Ectotérmicos são animais que dependem de fontes externas de calor corporal e são vitais para habitats de praia saudáveis, mas muitos têm limites de tolerância térmica estreitos."

“Com a produção global de plástico atualmente dobrando quase a cada década e muitos dos detritos de plástico que se acumulam em nossos oceanos eventualmente chegando às praias de todo o mundo, as cargas de detritos baixas e moderadas que observamos em Henderson e Cocos provavelmente farão a transição para detritos altos nas próximas décadas ”, Dr. Lavers.

“É claro que mais estudos sobre os impactos físicos dos plásticos nos ecossistemas são necessários para entender a gravidade e o escopo desses problemas, mas também precisamos fazer mudanças significativas na forma como produzimos e gerenciamos os resíduos plásticos - e precisamos fazer isso com urgência.”

Temos que repensar nossos hábitos

Não é somente uma questão de estética o problema do lixo plástico, mas sim um problema de saúde para a vida marinha e terrestre, e sim isso nos afeta também quando causamos a extinção de alguma espécie isso pode trazer uma sequência grave de situações em cadeia. Hoje é possível verifica que existem microplástico nos peixes em que consumimos do oceano, mas ainda não sabemos os riscos que pode ter a longa data.

Talvez pensar que sozinhos não podemos fazer a diferença e evitar que situações assim aconteça, mas se começamos a mudar podemos mudar outras pessoas, e nossas atitudes pode mudar atitudes de indústrias que também poluem, quando damos preferencias a consumir produtos ecologicamente sustentáveis.

Fonte Universidade da Tasmânia