Projeto “rodando com tampinhas” iniciado em julho de 2019 já reuniu 1 tonelada de tampas plásticas
Leia maisOs agrotóxicos são poluidores do meio ambiente que causam problemas para a saúde dos animais, insetos e até do ser humano. Apesar desses problemas e da poluição que ocorre no solo e na água os agrotóxicos são usados muitas vezes de forma imprudente até mesmo no momento do descarte dos recipientes o que causam mais problemas ambientais.
Existe uma necessidade para combater pragas nas plantações, porém é preciso ter cautela na utilização dos agrotóxicos. Porém, existe uma boa noticia sobre isso tudo, que se trata de bactérias da folha de laranjeira que são capazes de degradar esses agrotóxicos.
Vale salientar que a União Europeia baniu o Fipronil e a Bifentrina, sendo usados atualmente no Brasil como inseticida e formicida.
São utilizados em diversos tipos de plantações como arroz, soja, feijão e diversas outras. E sua aplicação, no caso do Fipronil é utilizada para matar pulas e carrapatos, o que gera risco aos próprios animais.
O efeito dos agrotóxicos em animais é muito grave, como é o caso das abelhas em que afeta o sistema nervoso levando assim a morte, e a morte por si só das abelhas já é catastrófica para o meio ambiente, visto que são fundamentais para polinização das plantas.
Estudo feito por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, ao buscar alternativas para o problema dos agrotóxicos descobriram que bactérias das folhas de laranja, do gênero Bacillus produzem enzimas que podem biodegradar dois pesticidas utilizados na agricultura do Brasil sendo eles o Fipronil e a Bifentrina.
O que chamou a atenção para essas bactérias é o fato de continuarem vivas em ambientes em que esses pesticidas foram aplicados, dessa forma deram mais atenção a elas, partindo assim para análises e testes para corroborar a teria.
Todos os testes foram realizados no Laboratório de Química Orgânica e Biocatálise do IQSC, onde foram coletados espécies de Bacillus das folhas de laranja em Tabatinga SP, e testadas em frascos com os pesticidas. O resultado foi que a bactéria Bacillus Amyloliquefaciens biodegradou 93% do Fipronil e a Bacillus pseudomycoides 88% da Bifentrina.
“Elas promoveram reações de biodegradação dos pesticidas, mostrando potencial para eliminar tais agentes tóxicos lançados no meio ambiente. Essa atividade dos microrganismos representa uma importante função ambiental de remediação desses produtos,” afirma Juliana G. Viana, autora do trabalho e doutoranda do IQSC.
Com a pesquisa financiada pela Fundação de Amparo do Estado de São Paulo (FAPESP) que também testou o desempenho de grupos de bactérias do gênero Bacillus atuando de forma conjunta contra os agrotóxicos. Usando 8 linhagens de espécies diferentes, onde ao serem colocadas para reagir com produtos químicos chegaram na biodegradação de 81% do Fipronil e de 51% da Bifentrina. A baixa taxa de biodegradação é explicada por conta da competição das bactérias por nutrientes e espaço explica o professor André Luiz M.
As bactérias poderão ser utilizadas para eliminar o agrotóxico. Após o uso dos produtos químicos pelos agricultores, as bactérias podem entrar em ação evitando assim que o agrotóxico polua o meio ambiente.
Com uma boa política de uso e de tratamento, pode chegar a efeitos satisfatórios em relação ao agrotóxico e o meio ambiente.
Projeto “rodando com tampinhas” iniciado em julho de 2019 já reuniu 1 tonelada de tampas plásticas
Leia maisO que é lixo para alguns é matéria prima para outros!
Leia maisDesdobrando os Princípios e Impactos do Relatório Brundtland
Leia maisUma inovação que pode gerar energia limpa e custa menos do que um smartphone
Leia maisComo as microalgas podem ajudar a combater o aquecimento global nas cidades
Leia maisDicas Práticas para Reciclar Papel e Preservar o Meio Ambiente
Leia mais