Projeto “rodando com tampinhas” iniciado em julho de 2019 já reuniu 1 tonelada de tampas plásticas
Leia maisQuando se trata de poluição o plástico é o maior vilão, devido a algumas características como o seu tempo para decomposição na natureza que dependendo do plástico leva mais de 400 anos, devida a quantidade em que é produzido assim como também é descartado e também porque uma vez em contato com a água se fragmenta em microplástico.
Por existirem tantos problemas de poluição por plástico, cada vez mais pessoas tentam mudar e encontrar substituto para o plástico derivado do petróleo, um plástico que de decompõem em até 15 dias na água e 20 dias no solo, o que foi o caso da maranhense de 17 anos, Ana Beatriz de Castro Silva.
A estudante desenvolveu a partir do buriti plástico biodegradável, o estudo sobre o buriti já ocorria a uma longa data até o ponto em que Ana Beatriz decidiu estudar mais a fundo o fruto.
Um fruto de palmeiras amazonenses, são belas e muito altas com alturas de até 30 metros e apesar de sua origem no norte elas podem ser encontradas em outros estados como Bahia, Minas Gerais e até o Mato Grosso. O nome Buriti ou Miriti significa “natural da vida” e é o foco central do estudo da Ana Beatriz.
Cara palmeira pode produzir até sete cachos por ano, e cada cacho pode produzir entre 400 a 500 frutos.
O Buriti já é um fruto muito explorado assim como as folhas da palmeira, dado que o fruto é rico em vitaminas e ferro, e seu óleo é muito utilizado, possuindo um alto valor medicinal.
Ana Beatriz criou três materiais a partir do Buriti utilizando diferentes partes do fruto como polpa, entrecasca e a casca. Cada um dos materiais apresentou diferentes características em relação à flexibilidade, transparência e resistência. Uma forma de explorar e aproveitar todo o fruto no projeto.
Em questão aos polímeros ecológicos gerados pelas diferentes partes do fruto, estão um plástico resistente a partir da casca do fruto tendo aplicações em setores como arquitetura e construções, a entrecasca deu origem a um material transparente que simula muito bem o acrílico e a polpa foi utilizada para desenvolver biofilme que pode ser usada em sacolas biodegradáveis.
A maranhense já ganhou prêmios por conta de suas pesquisas, onde concorreu com 2000 estudantes do mundo todo em projetos de ciência ganhando no ISEF do ano anterior, onde ganhou destaque com seu projeto utilizando fibra do Buriti.
Não para por aí, a estudante também é uma das 500 finalistas da vigésima edição do FEBRACE, previsto para o dia 26 de março. Concorrendo a mais de 300 prêmios entre eles troféus, medalhas e diversas oportunidades nacionais e internacionais.
Projetos como esse da estudante Ana Beatriz sem dúvidas traz muita esperança e mostra que é possível sim, substituir o plástico e muitos outros materiais que são altamente danosos o meio ambiente. Onde cada vez mais projetos como esse comecem a surgir e dessa forma pouco a pouco mudando cenário atual de poluição por plástico no mundo.
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