A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente tem impulsionado uma mudança significativa em nossos hábitos de consumo. Conscientes dos danos causados pelo uso excessivo de sacolas plásticas convencionais, enfrentamos um dos principais desafios ambientais da atualidade. Essas sacolas, fabricadas com materiais não biodegradáveis, representam uma ameaça ao nosso ecossistema, uma vez que não se degradam naturalmente e podem levar várias centenas de anos para se desintegrar no ambiente.

Felizmente, temos assistido ao surgimento de uma alternativa promissora: as sacolas degradáveis. Elas são feitas com materiais que possuem a capacidade de se decompor sob condições específicas de luz, temperatura e umidade. Essa característica única torna as sacolas degradáveis uma opção viável para substituir as sacolas plásticas convencionais, que demoram mais de 400 anos para se decompor na natureza, gerando uma infinidade de problemas ambientais.

Diversos tipos de sacolas biodegradáveis para uma escolha sustentável

Existem diferentes tipos de sacolas biodegradáveis disponíveis no mercado, cada uma com suas características e benefícios específicos. Alguns dos principais tipos são:

• Plástico PLA: O ácido polilático (PLA) é um tipo de plástico biodegradável produzido a partir de fontes renováveis, como o milho ou a cana-de-açúcar. Diferentemente dos plásticos convencionais feitos a partir de petróleo, o PLA é obtido a partir de recursos naturais que podem ser cultivados novamente, o que o torna uma opção mais sustentável.Além disso, o processo de produção do PLA emite menos gases de efeito estufa em comparação com a fabricação de plásticos convencionais.
  O PLA é capaz de se decompor em condições adequadas, como em aterros sanitários compostáveis ou em processos industriais de compostagem. Durante a decomposição, o PLA é convertido em ácido lático, que é biodegradado por microrganismos presentes no ambiente. Esse processo resulta em dióxido de carbono, água e biomassa, sem deixar resíduos tóxicos ou persistentes no meio ambiente. No entanto, é importante destacar que o PLA não deve ser descartado no meio ambiente comum, pois a decomposição requer condições específicas.
  
   
• Plástico oxibiodegradável:As sacolas de plástico oxibiodegradável são feitas de polímeros que contêm aditivos que aceleram sua degradação quando expostos ao oxigênio e à luz. Essas sacolas são projetadas para se fragmentarem em pequenos pedaços ao longo do tempo, tornando-se mais suscetíveis à biodegradação.
  No entanto, é importante destacar que o processo de oxibiodegradação pode variar dependendo dos aditivos utilizados e das condições ambientais. Os aditivos presentes no plástico oxibiodegradável promovem a oxidação do material, quebrando-o em fragmentos menores. Esses fragmentos podem ser biodegradados por microrganismos presentes no ambiente, assim como o PLA. No entanto, é necessário que esses fragmentos estejam expostos a condições adequadas, como umidade e calor, para que ocorra a biodegradação. Caso contrário, os fragmentos podem persistir no meio ambiente por um longo período de tempo.
   
• Polihidroxialcaloato:O polihidroxialcaloato (PHA) é um polímero biodegradável produzido por microorganismos através da fermentação de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais. As sacolas feitas com PHA são completamente biodegradáveis, o que significa que podem se decompor tanto em ambientes naturais quanto em sistemas de compostagem industrial.
  Durante o processo de produção do PHA,os microorganismos convertem as matérias-primas em polímeros que possuem propriedades semelhantes às do plástico convencional. No entanto, ao contrário dos plásticos convencionais, o PHA pode ser biodegradado por microrganismos presentes no solo, na água e no ar. Essa característica torna o PHA uma alternativa promissora para reduzir o impacto ambiental dos plásticos descartáveis.
   
• Papel: As sacolas de papel são uma opção biodegradável e renovável. Elas são produzidas a partir de fibras de celulose, geralmente provenientes de árvores cultivadas para esse fim específico. O papel é facilmente reciclável e pode se decompor naturalmente em questão de meses, em comparação com o tempo necessário para a decomposição de plásticos.
  Ao contrário dos plásticos, o papel pode ser reciclado várias vezes, reduzindo ainda mais o impacto ambiental. O processo de reciclagem do papel envolve a coleta, a separação das fibras e a produção de novos produtos de papel. Além disso, caso o papel seja descartado no meio ambiente, ele se decompõe naturalmente através da ação de microrganismos presentes no solo, contribuindo para o ciclo natural dos nutrientes.

Por que trocar sacolas plásticas por sacolas biodegradáveis?

O período de decomposição de uma sacola plástica biodegradável: Quanto tempo realmente leva?

O tempo necessário para que uma sacola plástica biodegradável se decomponha varia de acordo com o material utilizado na sua fabricação e das condições ambientais em que ela se encontra. Em geral, a maioria das sacolas biodegradáveis leva de três a seis meses para se decompor completamente. No entanto, é importante ressaltar que, mesmo sendo biodegradáveis, esses materiais podem levar mais tempo para se degradar em aterros sanitários tradicionais, onde não há condições ideais para a compostagem.

Substituir as sacolas plásticas comuns pelas sacolas biodegradáveis é uma escolha consciente que contribui para a preservação do meio ambiente. Com diferentes opções disponíveis, como o plástico PLA, o plástico oxibiodegradável, o polihidroxialcaloato e o papel, é possível encontrar uma alternativa que se adeque às necessidades de cada pessoa. Além disso, é importante lembrar de utilizar a sacola biodegradável sempre que possível e adotar práticas de consumo sustentável, visando um futuro mais limpo e saudável para o nosso planeta.

Quais os impactos as sacolas plásticas causam no ambiente?

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que as sacolas plásticas são produzidas a partir de polietileno, um derivado do petróleo. A extração e o processamento do petróleo resultam na emissão de gases de efeito estufa e na degradação do solo. Além disso, a produção de sacolas plásticas consome grandes quantidades de água e energia, contribuindo para a escassez desses recursos naturais.

Um dos problemas mais evidentes causados pelas sacolas plásticas é a poluição visual e a contaminação dos ecossistemas. Muitas vezes, essas sacolas são descartadas de forma inadequada, acabando em rios, lagos, oceanos e áreas naturais. Elas são levadas pelo vento e pela água, entupindo sistemas de drenagem e causando inundações. Nos oceanos, as sacolas plásticas representam uma ameaça à vida marinha, pois animais como tartarugas, aves marinhas e peixes confundem-nas com alimentos e acabam se sufocando ou ingerindo-as, causando danos graves e até a morte.

Além disso, as sacolas plásticas são altamente resistentes à decomposição. Estima-se que uma sacola plástica convencional possa levar centenas de anos para se decompor completamente. Durante esse tempo, elas se desintegram em microplásticos, partículas pequenas que podem ser ingeridas por animais e, consequentemente, chegar à cadeia alimentar humana. Os microplásticos também podem contaminar os solos e lençóis freáticos, afetando a qualidade da água que consumimos.